Thursday, July 07, 2005

Teorias de Autocarro

Bem neste post estão um punhado de teorias desenvolvidas no autocarro 114 da margem sul do tejo, não só teorias, mas também algumas situações curiosas e até, inoportunamente, desagradáveis que se passam todos os dias nos nossos "espeluncosos" autocarros.

A primeira situação e a que me veio logo a cabeça, assim que tive de ficar de pé no "bus", foi a seguinte:
Quando estamos de pé, logicamente, temos de nos agarrar aos ferros do dito veículo. Ora bem e que é que isso tem de especial? Bom, penso que é aqui que começa a educação sexual. Desde pequenos que começamos por nos agarrar aos ferritos, mas que é que isto tem de especial? Quando está calor as mãos começam a escorregar pelos ferros a baixo. E, então, hãm? Já há alguma conclusão? Ok, perfeito. Este deslizar promíscuo é, muitas das vezes, intencional e, completamente, voluntário. Se me estão neste momento a chamar de nojento, então levantem-se para que me possa sentar e não tocar naqueles ferros. Caramba, sou heterossexual.

Outra das curiosidades de andar de autocarro é, sem dúvida, as pessoas que encontramos neles.
Certo dia, ia eu e mais três jovens, quando olho para duas das pessoas que estavam sentadas nos bancos de autocarro. Olhando mais "profundamente" pude, então, verificar o que se estava a passar. Estava ela a dizer para ele: "Tou cansada!Ah!". Exclamação à qual ele responde: "Sei uma coisa que não te cansava". E, de novo, ela: "Ficámos uns tempinhos sem nos ver vê só como já estás". Depois, ele sussurou-lhe qualquer coisa ao ouvido (não uma única vez). Mais tarde, acabaram por sair do autocarro, mas tive ainda tempo de reparar na mão dela. Estava exactamente onde vocês estão a pensar.
Agora seria legítimo vocês perguntarem, então e não sei quê, e tu não tens mais nada que fazer a não ser cuscar a vida alheia? Aqui vai a resposta: De facto, não. É para isso que me pagam. Muito obrigado. Outra coisa, para que eu não me distraia: Lavem-se.

Os jovens, hoje em dia, são uma vergonha, chegam ao autocarro só sabem atropelar pessoas e ainda por cima roubar lugares. Qual é espanto quando eu vejo duas das jovens que foram comigo no "bus" (e agora vocês estarão a pensar: Mas porque é que ele só anda com meninas no "bus"? olha calhou.), acorrerem aos lugares vagos do dito cujo. E, pronto, lá ficaram sentadas, apesar dos meus insultos e calúnias para a juventude de hoje em dia. Tentei ver se apanhava lugar, qualquer um fazia o mesmo. Ahca! Vão mas é trabalhar!

Nas curcas da Cruz de Pau, o autocarro parece uma autêntica montanha russa. Não é que algum dia tenha andado de montanha russa, porque isso é muito radical para mim, para mim até acompanhar com os olhos o movimento da montanha russa é algo muito radical. Mas disse-me uma jovem (outra vez uma gaja, possas, quê de mais) que ia comigo no "bus", que realmente parecia uma montanha russa. "Andei na do Colombo" disse ela na esperança de que eu soubesse o que é essa coisa bizarra - a montanha russa do Colombo. Bem, mas a situação é grave e penso que o autocarro pode mesmo despistar-se naquela zona. Pois senão acham, digo-vos, em primeira mão, que o autocarro faz um ângulo de 45º e quase se vira. Certamente, levará rodas no ar. Mas ninguém avisa estes motoristas da "TST" a cumprir os limites de velocidade, é que aquilo não é uma pista de fórmula Um. Devagar se vai ao longe, amigos.

Não poderia faltar a este "post" uma referência aos luxuosos autocarros da "TST", que tão, generosamente, nos cobram a modesta quantia de 1.5 € da cruz de pau para o laranjeiro. E, ainda, dizem eles que ainda não aplicaram o IVA a 21 %. Ó senhores TST's é para rir? É que até o blog do "gato fedorento" tem mais graça. Estes gatos fedorentos na minha opinião estão cada vez pior: mal-educados e com um sentido de humor muito repetitivo. I9vem.

Outra sensação que tiro do autocarro (enquanto situação do dia-a-dia) é que as pessoas devem festejar quando sai-o do autocarro, porque não páro de dizer coisas deste género, das quais muitas me esqueço completamente. Peço, portanto, desculpa.

3 comments:

Inês said...

e o de hoje? aquilo tinha travões? lol

Anonymous said...

Ai senhores que hoje em dia se morre em autocarros! Há pois, porque como a 'carocha' disse, aquilo hoje não tinha travões, era uma autênica montanha russa mas das fantasmagóricas. Sinceramente ia-me borrando de medo. Mas o que se há-de fazer, só no dia em que os passageiros (que têm todo o direito de ter uma viagem segura pois pagam para tal) voarem para fora do autocarro é que alguem toma medidas. É assim a vida em Portugal!

Anonymous said...

Para que ninguém dê os indevidos elogios ao ao excelentissímo criador deste blog, era só para anunciar que houve um pequeno engano, e que o comment publicado anteriormente petence a mim: A_T