Da inércia das ondas suaves,
do oceano dourado,
que se estende para todo o lado,
vejo voarem as aves,
como que flutuando
na acalmia dos ventos.
Enquanto vou caminhando,
recordo toda a sobriedade doutros momentos.
Destes apenas espero guardar
as lições pregadas pelo desalento.
Do raiar do sol que esperei,
nasceu mais fumo negro.
Dias cinzentos, sem dúvida.
É esperar que melhores venham,
e que com o apagar da esperança de hoje
se aprenda a projectar o futuro d’outra forma.
Deixar que o vento fale, o fogo inflame,
o mar se revolte, e a terra se revolva num enorme terramoto.
Deixarei que os elementos falem,
quando for o momento de acordar.
Eles que se manifestem,
ao invés da Heliocentrismo do qual sofro.
Quem somos? Que raio de pergunta. De onde somos? De lugar nenhum. Quantos somos? ∞. O nosso objectivo: Viver. Viver para sempre.
Tuesday, October 24, 2006
Wednesday, October 04, 2006
O dia em que te perdi.
Já choveu e fez sol e está prestes a chover novamente, assim funciona a natureza, o mundo, a vida...uma poça aqui e acolá, lama de um lado ou de outro, as folhas lá vão caindo, passam horas, dias, semanas, meses, anos e ainda sinto aquela sensação de não existência, ou melhor, sei que existo mas não vivo, permanece o vazio, nada existe à minha volta e o presente não se torna realidade, apenas um acontecimento que daqui a 5 minutos tornar-se-á passado.
Se me senti viva? Sim, uma vez, quando te perdi...
Há coisas das quais não me consegui abstrair e ao aterrar na dura superfície terrestre troquei de dores...trocar uma dor infinita por uma dor física.
Lamento a incapacidade da despedida...justifico-a com a apatia existente em mim face ao mundo em que coabito.
A ti avô...
Se me senti viva? Sim, uma vez, quando te perdi...
Há coisas das quais não me consegui abstrair e ao aterrar na dura superfície terrestre troquei de dores...trocar uma dor infinita por uma dor física.
Lamento a incapacidade da despedida...justifico-a com a apatia existente em mim face ao mundo em que coabito.
A ti avô...
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