Sunday, July 24, 2005

Maldição

Ah! Amargo mundo,
Porque nos levais tão fundo?
Nasceis para ser aquilo que desejam,
para servir as suas intenções.
Ladrões,
roubais sem mãos aquilo que alguns amam.

Detesto ter eu próprio que o admitir,
mas aqueles que nos dão as nossas citosinas, guaninas, adeninas e timinas
são aqueles que nos estão a corroer.
Com maneiras dóceis e finas,
se nos ensina a ser.
Mas, grotescamente se faz aquilo que Nós não queremos assistir.

Longa vida nos desejais,
na luz.
No escuro limtai-vos a desejar morte.
Pouca sorte?
Agarrai-vos à cruz,
porque não o permitirei mais.

Comigo, não!

Tou farto de vos ver curtir
e pedir-me que não o faça.
Não vos peço o que vos vejo fazer,
mas sim que desligais do meu viver.
Não vos quero servir
e quando não mais precisais não farei como a traça.

Não vivo de noite,
vivo às claras,
numa chama de paixão,
que acende todo o meu coração.
Coração que não serve para espetar varas
ou levar açoite.

Este é puro e tem, por vezes,
nojo daqueles que espalharam a semente.
Não consigo Odiar, porque vos amo.
Mas sofro, amargamente,
a infelicidade de vos ver, novos e pobres burgueses,
devorando-mo.

Agradeço a toda a Luz, que só de um sítio vem.
Agradeço a Liberdade que me dás.
Agradeço, também, a Leviandade que me transmitis.

Agradeço a Felicidade que me dás,
que embora fugaz,
me enche e satisfaz.

Ó, Amor, como a maldição ainda não paira sobre o teu nome.

1 comment:

Inês said...

o joão está muito, muito chateado contigo! amanhã há festinha de despedida se quiserem aparecer, força. (qnt a passares pelo meu postíbulo ingloriamente, é recíproco!, apesar de tu escreveres bem e tal) bjs