Saturday, May 27, 2006

Do cinzento, os dias.
Do cinzento, as casas.
Do cinzento, as folhas.

Do negro, a noite.
Do negro, a sujidade.
Do negro, vejo.

Amarelo, lá em cima,
longe de mais para chegar
ao vermelho, cá de baixo.
Ao meu vermelho.

O meu vermelho,
coberto pela camada cinzenta,
que cobre tudo.
Até os vossos.

O meu vermelho,
coberto pelo filtro negro,
que enconbre tudo.
Menos a Nós.

Espero por ti Amarelo,
dos céus estrelados,
tanto de dia, como de noite.
Não fosse o Sol uma estrela.

Amarelo da luz branca,
que me faz Vermelho,
para dentro, e para fora.
E não por dentro e por fora.

Sunday, May 14, 2006

Morreu asfixiado no calor de uma paixão

Bom, é assim, uma coisa deste género só pode ter um punhado de explicações e a intenção deste texto é abordar essas explicações.
Morrer asfixiado no calor de uma paixão apenas parece possível se a sua cônjugue, ou o seu cônjugue, de brincadeiras não se lavar à uns quantos dias, tiver um bafo letal ou, para os mais eróticos, se o cônjugue for tão obeso que não consigam fugir de todos aqueles lípidos acumulados com imenso carinho.
Mas o jornal "destak" vai mais longe, apresentando uma história de um homem que morreu a fazer sexo com a vizinha no carro. Supostamente, teria ligado o carro para aquecer a viatura. Acho verdadeiramente original morrer assim.
(As minhas colegas estão aparentemente a asfixiar de histeria pelas paixonetas de uma delas).
Vou mas é fazer algo útil. Tal como? Dormir.

"Sentimentos e emoções que poderão ser afectados de uma forma inesperada. Desejo de novos contactos."

Sentado numa aula, escrevo de caneta na mão (porque não conseguir chegar com o pé ao caderno). Que é que se faz? Ah e tal, tetratipo... crossing-over... não sei quê. Ah, mas hoje no "metro" diz no meu signo: Aquela frase do título, aquela coisa, p'rali.
De repente, sinto o casaco da colega a escorregar por mim abaixo. "Oh faxavor, esse casaco está-se a atirar a mim, portanto, é favor do retirar de cima de mim (a colega acaba de me interrromper, novamente, com a pergunta das últimas semanas: o que é uma M1 e M2).
Continuando, lembrei-me de repente do cão do meu tio (não o meu tio, mas sim o cão), que de facto é um grande macho. Em resumo, tem um casaco pelo qual se apaixonou e faz tudo por tudo para ter relações com o casaco. Uma verdadeira história à Nicholas Sparks.
No meu caso, parece que vou ter novamente contactos com o casaco da minha colega do lado esquerdo, visto que este começa a escorregar, outra vez. Quanto a sentimentos e emoções penso que terá a haver com o facto de me ir apaixonar pelo casaco verde com porções cor-de-rosa. Digam lá que não é bonito!