Tuesday, October 24, 2006

Ao génio adormecido

Da inércia das ondas suaves,
do oceano dourado,
que se estende para todo o lado,
vejo voarem as aves,
como que flutuando
na acalmia dos ventos.

Enquanto vou caminhando,
recordo toda a sobriedade doutros momentos.
Destes apenas espero guardar
as lições pregadas pelo desalento.
Do raiar do sol que esperei,
nasceu mais fumo negro.

Dias cinzentos, sem dúvida.
É esperar que melhores venham,
e que com o apagar da esperança de hoje
se aprenda a projectar o futuro d’outra forma.
Deixar que o vento fale, o fogo inflame,
o mar se revolte, e a terra se revolva num enorme terramoto.

Deixarei que os elementos falem,
quando for o momento de acordar.
Eles que se manifestem,
ao invés da Heliocentrismo do qual sofro.

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